Inauguram o desamor, não os desamados, mas os que não amam, porque apenas se amam. "Paulo Freire" Este espaço é uma outra dimensão que abro, para minhas ficções e realidades particularmente comuns.
sexta-feira, 1 de dezembro de 2006
Estranho verdugo
Estranho verdugo,
com cortes e cores,
as vezes doce por hora singelo,
de tudo contém,
parece vazio, parece.
Observa constante,
d'olhar ofuscante,
parado e dialético.
As vezes com lágrimas e embargado,
as pressas contente
as regras embriagado.
Indo em frente,
passando ao certo,
sem caminho claro,
num raro destino.
Encanta e apaixona,
deprime e acontento se cala.
Sem pressa envelhece,
as temporas testemunham.
O tempo ajuda, caleja e seduz.
Por tanto ao certo de nada precisa,
criando coragem, as vezes revela o amor.
Maduro e conciso, também confuso e atento,
não vive ao relento,
nem anda descalso, ao passo que imprime,
não ficará só, nem ousa.
Repousa em partes, revela a todos e todas,
medos e amores.
Agora enxergo com olhos e flores,
me servem algumas pechas de Um homem de amores.
Poucos e raros, mas caros....
bem caros!
Que venha o incerto, pois o inseguro já partiu,
Sem pressa, sem direção.
Agora quem toma assento é a paixão.
E se fez calmaria!
Marcelo Nalério.
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