quinta-feira, 30 de abril de 2009

coração curtido!


Nos pagos,
lembra o peão,
do cavalo crioulo,
da lida e serviço.

Lembra tambem o índio grosso,
das filhas do rincão,
tradicionais,
e dançadeiras,
do nosso vanerão.

Deixa as rixas na,
contramão.

O cheiro da chinoca,
quase amolece o coração,
curtido do víl.

Assim, adormece o peão da lida dura.

Guapa vida que esquece,
por tempo curto o infeliz.


Marcelo Nalério

Desalmado (a)!


Noite fria...
terra pra trás,
fronte a diante...
guri deitado,
livre só quando dorme,
desprendido...
da fome, regado a drogadição.

Abraça os braços...
pra cobrir o frio do peito,
lhe-faltam ...
fogo de chão,
e um enturmado mate amargo.

Fuligem no céu,
chão batido de lage em asfalto,
estomago vazio,
e muita gente indiferente...
é assim que se forja um desalmado (a).

Marcelo Nalério

O FUTURO E A PRINCESA


Não me valho
de terras nem campos.
Tenho apenas,
meus pequenos e
sem remendos,alguns bons amigos.
Porém terras fartas e vastas,
tem a princesa do Rio Grande.
Casa cheia, cultura e saber,
filhos fortes, mulambos e livres.
Todos herdeiros de um trono,
cada vez mais distante.
Na pequeneza vasta dos campos mil,
voz corrente anuncia,
a pobreza servil,
para os filhos próprios,
desta terra.
Distribuir a riqueza e o conhecimento
da princesa é tarefa, urgente!!!
haja visto que seus
filhos, dia a dia perdem a humanidade e desaprendem de praticarem com a confiança, compaixão, respeito, honra, coragem e cidadânia. Isso incorre no mais grave: o descrédito e a insegurança se generalizam.

Contudo, já não podem os poucos HONORÁVEIS, apontar o futuro da vida de todos nós.

Precisamos praticar novamente, bons valores e com eles reestabelecer a confiança necessária.

Pratica e disciplina serão fundamentais para um bem viver coletivo e um futuro aceitavel para todos e todas nas terras da Princesa.


Marcelo Nalério

segunda-feira, 27 de abril de 2009

esperança velha é a de sempre!


Que saudade dos beijos deles!

Do seu dedilhar sobre minhas temporas.
Dos seus pés sobre meu peito.

Que falta me fazem, os que
não estão.

Estou a aguardar ...
em noite de luar.

Vem logo, sól a nascer,
Veste meu ser..tira-me desta campana.

Por hora socégo e suporto...
e espero.

Pouco me custa...
apenas me frustra...
na lua de hoje..
acalantar a solidão, inertemente!!!

Mas logo, ao nascer do próximo sól...
será outro dia, com novos sonhos,
e a velha esperança de sempre!!!!!


Marcelo Nalério

quinta-feira, 23 de abril de 2009

DO AVESSO!


Do avesso, assim as coisas estão.
Os que mais trabalham,encontram por divisão
do proprio trabalho,insatisfação.
O dinheiro no banco só vai para o bolso de
quem tem dinheiro e o emprega,no facínio do
lucro e da acumulação individual.
O indivíduo esta acima do coletivo onde os interesses
dos previlegiados são primeiramente atendidos, e
a sobra é rateada entre todo o restante.
A democracia que tem face representativa,
é de fachada, de mentira, e portanto a "cidadânia-burguesa", é um
grande mal a humanidade e aos povos. Radical eu ?..pergunte ao Africano da Angola, Zambia, Zaire ou Namibia!..ao Nicaraguense...a um indio latino americano,ou a um morador de rua, ou um pedinte desses que tão em toda parte cuidando carro, ou pedindo esmola nos semaforos do mundo, e da esquina da osório com Bento, por exemplo,imagine se ele tá feliz... ou se tem direitos básicos, ou se faz refeições com frequencia,como anda seu lazer, saúde, casa própria????????.
Me lembro da comemorada queda do muro de Berlim, como a vitória do bem contra o mal,( stalin ajudou e muito no serviço!), pós isso o estado mínimo e neoliberal, imprimiu agenda e determinou aos territórios do mundo sua adoção incontestavél e absoluta. O questionavel, Estado de bem estar social, no Brasil por exemplo, nem chegou...os avnços nas coisas coletivas,(educação, saude,transporte,geração de renda)tiveram que esperar...foram deixadas de lado..e o estado-mínimo,ainda teve que pagar a conta do dinheiro saqueado que serviu para acumular mais dinheiro entre seus adeptos e entusiasmados vigaristas e ladrões de vidas e almas, que nos representam nas esferas burocraticas e institucionais. Também muita policia e poucas celas, permissão de abusos e leviandades, injustiças, muito medo, para garantir que voce e eu e todos e todas, fiquemos calados e com medo de dar-mos as mãos em rebelião com o que socialmente falando entendo como, saque, roubo, a todos e todas, desde os mais pobres até os medios e principalemnte os mortos.
As pessoas se medem, pelas coisas que possuem,
por tanto melhor pessoa é, aquele (a) que mais coisas tem.
Ter coisas significa, abdicar de coisas...que melhorem a
vida de todos e todas, ter satisfação e se sentir bem...
se mede pela quantidade de coisas que individualmente pode-se comprar.
Bem sucedido, não é o que luta e reconhece a importancia do próximo, mas aquele que
em detrimento do próximo, se apropria das riquezas e das "coisas",de todos (as).
Há muito tempo, disse Karl Marx: A emancipação dos trabalhadores será obra dos próprios trabalhadores, porém ainda a época da celebre frase de Marx, o capitalismo a vapor se desenvolvia. Hoje ele é depois de muitas mutações a política a economia e a religião da auspiciosa e visionária revolução Francesa. Acentada na acumulação e no individualismo BRILHANTEMENTE adequou os interesses da democracia burguesa e avançou no tempo. Quem sabe a crise, produza outro tom, organize formas alternativas que possibilitem a inversão de valores e traga mais Humanidade aos homens e mulheres, unicos responsaveis,e unicos passiveis de em solidariedade
encantar corações e mentes para um mundo mais justo, mais feliz, com paz entre todos os povos e com recursos naturais e tecnológicos empregados na produção do bem viver coletivo planetário.

Infelizmente, acredito que essa crise ainda não quebrará o mundo,todos os estados-transnacionais, vão estender seus tentáculos, reanimando e modernizando o velho estado burgues. Objetivo: a contenção social, organização de classes e garantia de previlégios, para todo o sempre até o fim dos tempos (fim dos tempos: fim da àgua, ar, das matas, dos peixes, da flora, fauna, humanidade, crianças, sorrisos, flores e vida)!

p.s.: previsão do tempo para o fim dos tempos: Comida em capsulas 02 sabores ( não teremos paladar mesmo!), não teremos dias ou noites...teremos um cinza chumpo perenemente instituido, ar..somente em câmaras "privadas", que vc nunca será dono...pagará com 12horas de trabalhos diários sem excessão de crianças (precisam de ar, ora bolas), na produção do próprio ar. De quebra vc terá do Estado, televisão, rádio e internet, cadeias e polícia ( essa é boa..nunca vai nos largar). Ah e a garantia de que vc nem ninguem mais tem um pingo de dignidade. Palavras como por favor,desculpa, posso lhe ajudar, amor, serão tidas como apócrifas e será crime hediondo sua pronuncia...pena: Morte por asfixia..ou seja...vão lhe tirar o trabalho...o escravo trabalho que sustenta tudo...desde a inveja de Caim a Abel até o limite da imaginação de nossa capacidade animal de sobreviver na mais brutal adversidade das ficçiosas colonias lunares...

Marcelo Nalério

terça-feira, 21 de abril de 2009

de lado a lado


Pula peão e apeia no chão,
depois de montar,
no lombo do aporriado.

Cavalo de cola curta,
temido pelo peão e o
moribundo de alambrado.

Espora na virilha,
relhaço de lado a lado...
em 08 segundos montados,
tanto um quanto o outro,
saem da arena cansados.

Só a pelo entra o peão grudado,
e Contra a multidão,
corre SÓzinho o aporriado.

Pula Crivado de esporas e relhaços,
em direção ao descampado.

Peão que se presa,
segura na chinxa o mal domado.

Só passa no teste e fica no lombo,
os bons de montaria.

Do contrário vai ficar esticado no chão,
Com dor no lombo,
pó nos olhos e chapéu na mão.

Igual a trabalhador desafortunado,
em meio a crise de exploração!!!

Marcelo Nalério

sábado, 18 de abril de 2009


Lá se vão,
as três primeiras badaladas do dia.
Meu sono, procura um sonho...que procura...procura e
nada tem, nem ao menos a bela de outrora para enamorar.
De nada ele aparece, contudo os dias são confusos,
e as noites, mais distantes do afago doce e sincero da bela.
Que JÁ, não vem acalantar.
Gostaria de descansar, sem mentiras, nem janela e sem aurora.
Me importa e apetece a verdade, nauseia-me a falsidade, desencoraja-me as mentiras velhas de sempre.
De certo a bela, foi raptada pelo falso, pela arrogancia e as mazelas, vindouras do ceio da mentira, sufocaram as pétalas que afundam em incertezas e valoris vís.
é tempo de inseguro - certo, pois a ternura já foi e não brilha na diaspora, se perdeu na primazia, junto com as 03 primeiras badaladas do dia.

Marcelo Nalério

terça-feira, 14 de abril de 2009

Quando a alma não se apequena


O outono chega e trás consigo, o sentimento de mudança, o triste sentimento de que algo tem que terminar...pois impede que outras situações aconteçam. Como tudo onde existe mudança, pairam incertezas, arrepedimentos, tentativas de recúos desnecessários e inférteis. Início e fim...é sempre assim que se encontram os ciclos. Me parece que, mais um ciclo se fecha, como sempre aconteceu e acontecerá.
sabe-se lá o que trás o outono..e o inverno...e os dias até o meio do ano.
De certo, fica a clareza que para muitas coisas é o fim. Que entra com pujança e em acordo com o entendimento de que é preciso revolucionar. Eu acredito na revolução, eu revoluciono minha existencia de tempos em tempos...e sempre é bom, mesmo que no início queime e arda vigorosamente.
Eu Acredito na revolução,assim como no outono...que agora está aqui. Eu transformo e pratico a mudança em minha existencia. Com base nesse fato, creio que se todos e todas revolucionarmos, um outro mundo mais humano, melhor individual e coletivo poderá existír.
Uma vida melhor para os singulares e para a coletividade em meu ver, passa pela compreensão de cada "ser", em acreditar que tudo é possivel!!!!
Valendo-me de Fernando pessoa acrescentaria 02 letras a sua celebre frase: tudo vale a pena..quando a alma não se apequena.



Marcelo Nalério