sexta-feira, 1 de dezembro de 2006

Estranho verdugo



Estranho verdugo,
com cortes e cores,
as vezes doce por hora singelo,
de tudo contém,
parece vazio, parece.

Observa constante,
d'olhar ofuscante,
parado e dialético.
As vezes com lágrimas e embargado,
as pressas contente
as regras embriagado.

Indo em frente,
passando ao certo,
sem caminho claro,
num raro destino.

Encanta e apaixona,
deprime e acontento se cala.
Sem pressa envelhece,
as temporas testemunham.

O tempo ajuda, caleja e seduz.
Por tanto ao certo de nada precisa,
criando coragem, as vezes revela o amor.

Maduro e conciso, também confuso e atento,
não vive ao relento,
nem anda descalso, ao passo que imprime,
não ficará só, nem ousa.

Repousa em partes, revela a todos e todas,
medos e amores.

Agora enxergo com olhos e flores,
me servem algumas pechas de Um homem de amores.

Poucos e raros, mas caros....
bem caros!

Que venha o incerto, pois o inseguro já partiu,
Sem pressa, sem direção.

Agora quem toma assento é a paixão.
E se fez calmaria!

Marcelo Nalério.