terça-feira, 29 de maio de 2007

Para os olhos meus


Queria saber por onde andei...
de todos lugares...sem sentír...
por isso perdí.
Achei..que seria comum... mas não era qualquer.

Por onde andei...
se pouco sorrí...e em seus braços não estava.

Quando te achei logo sentí...que era pra mim...
...que tardou mas chegou.

...e ao alto do olhar...
vem se manifestar...meu bem querer.
Assim que te ví...eu descobri...
com reciprocidade...que era pra mim...
o amor da menina.

Por Deus..os motivos do bar...
a troca de olhares...me fez...
mergulhar...nos segredos teus.

Ancorei para não mais partir...
e pra dividir...
sem guerras...sem dor...
reguei meu amor...ao lado da flor...
que brotou...pra mim.

Apaixonei..por ela que trouxe a ternura.
Que me fez mais...feliz...
do jamais quis...nem sonhava...
Só basta dizer...que naquele dia...
te reconhecí...meu Grande amor.

Marcelo Nalério

segunda-feira, 21 de maio de 2007

certa feita...



O gaucho, não é único do pampa ou só do Rio Grande. Está muito distante da perspectiva local,é movido por um clima, um terrritório,que tá pra muito além das bordas do pago, se aventura aos currais de bandas frias e ordeiras referendando o nosso vizinho Uruguai. Mas bem..esta história, deverá ser a história do gaucho e a princesa.
Desde pia o gauchito referido no conto que abaixo seguirá, foi criado com muita honra e honestidade, nada de fartura, muito pelo contrário. Dinheiro contado, e onibus lotado afinal de contas a cidade aumentou seu território e a tecnologia junto com o capitalismo, nos permite andar de onibus em troca de uns importantes e significativos trocados. As cidades também de forma a garantir melhores serviços e é claro apadrinhamento de novos políticos, se fatia e isso não é de hoje. Por exemplo: Pelotas era uma cidadezita bem maior nas suas fronteiras, tinha em sua trincheira, Capão do Leão, Morro Redondo, Arroio do Padre e por aí vai...
Não to dizendo com isso que sou contra a tal da emncipação, muito pelo contrário, acho ela importante se não ancorada em ensaio meramente político-eleitoreiro. Mas bueno, aquele foi um tempo de grandes contradições, começava alí por meados dos anos 80 junto com a crise do emprego, e grande máquinário que não se esqueceu de ocupar o latifundio, como se já não bastasse explorar os peões homemns e mulheres no campo, trocando trabalho por bóia e abrigo, agora os mandava pras cidades mendigar..."dizem alguns viventes por aí..que depois que inventaram a máquina de debulhar milho..se ia ter máquina pra tudo"..dito e feito. Como muitos daquela época, só restava vir pra cidade grande, que por aqui é atocaiada de Princesa do Sul, mais propriamente Pelotas. Polo na região, ancorou seu apogeujá lá no regime escravocrata na época do charque, e veio forte e imponente com as vias férreas a todo vapôr, inícinho do século passado.As empresas conserveiras da região, (Pelotas, até hoje é conhecida como a capital do doce..por este e outros motivos) junto com os frigoríficos, lanifícios, fiação de tecidos, davam conta de empregar aquela mão de obra barata que estava situada no campo e agora buscava emprego ou sub-trabalho nas portas das indústrias que vinham e iam diretamente ligadas a estes setores. Pois bem creio que desse enrrosco todo, meus velhos não tenham passado ileso nesse período, ao contrário, como todo casal jovem e cheio de sonhos a necessidade de começar a trabalhar pra sustentar uma família e quem sabe um dia ter tempo pra continuar sonhando. Creio que não foi fácil, mas enfim se tem de continuar, pois a fome ao meio dia e a noite aperta a barriga dos grandes e principalmente dos pequenos.Nesse caso tá o gauchito protagonista da nossa história...esperando o afago e o substrato da mais-valia do dia de trabalho do pai e da mãe.TO BE CONTINUED

Marcelo Nalério